Galo de Rapina é um livro de crônicas sobre o Clube Atlético Mineiro, escrito por um atleticano das antigas, durante o, talvez, limite entre o final do período em que cresceram as gerações do futebol amor e o início do período do estabelecimento dos neotorcedores comerciais, dividindo o espaço nas arquibancadas do Brasil consumidores exigentes da máxima qualidade do produto entregue pelo time. O ano de 2015, em que as crônicas se situam, porém, não foi um ano de glórias para o Galo, e poucas coisas deram certo dentro de campo e o fato de Francisco tê-lo escolhido para a publicação atesta outra vez sua atleticanidade raiz. No decorrer dos textos, o autor reflete sobre o espírito de corpo que une os torcedores, discorre sobre a irrelevância de troféus ante o sentimento religioso (no clássico sentido de religar) que une milhões de pessoas a uma entidade esportiva, e trata de como o desempenho de uma equipe pode converter-se no céu, ou no inferno, dessas curiosas pessoas que são os torcedores e que, campeões ou não, tornarão às arquibancadas, radinhos às mãos, gritando o nome do time que amam.