Allegro ma non troppo

Uma crônica que se preze não faz ninguém mostrar todos os dentes. É preciso manter algum grau de gravidade para que a vida seja entendida como algo de que se deva sorrir, mas não debochar. O sorriso que a crônica suscita deve ser um sorriso de canto de boca. Alegre, mas não muito.

Detalhes

Gênero(s): Contos e Crônicas
ISBN: 978-6554280778
Publicação: 26/12/2022
Nº de Páginas: 218

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  • Sobre o Livro
    Há quem diga que a crônica está fora de moda. Esse gênero, considerado menor, menos nobre, indigno de um ganhador de prêmio Nobel de literatura é presa fácil das línguas ferinas dos literatos em suas mesas empoeiradas. Mas como pode estar fora de moda um gênero que traz a referência ao tempo em seu próprio nome? Para Antônio Cândido, a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas, pois pega o miúdo e mostra nele a grandeza. Em tempos tão confusos e cinzas, por que, então, não retornar a um gênero que restabelece dimensões, faz muito com pouco e extrai sorrisos até dos carrancudos? Mas convém não exagerar! O sorriso da crônica não pode ser gargalhada. Uma crônica que se preze não faz ninguém mostrar todos os dentes. É preciso manter algum grau de gravidade para que a vida seja entendida como algo de que se deva sorrir, mas não debochar. O sorriso que a crônica suscita deve ser um sorriso de canto de boca. Alegre, mas não muito.
Há quem diga que a crônica está fora de moda. Esse gênero, considerado menor, menos nobre, indigno de um ganhador de prêmio Nobel de literatura é presa fácil das línguas ferinas dos literatos em suas mesas empoeiradas. Mas como pode estar fora de moda um gênero que traz a referência ao tempo em seu próprio nome? Para Antônio Cândido, a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas, pois pega o miúdo e mostra nele a grandeza. Em tempos tão confusos e cinzas, por que, então, não retornar a um gênero que restabelece dimensões, faz muito com pouco e extrai sorrisos até dos carrancudos? Mas convém não exagerar! O sorriso da crônica não pode ser gargalhada. Uma crônica que se preze não faz ninguém mostrar todos os dentes. É preciso manter algum grau de gravidade para que a vida seja entendida como algo de que se deva sorrir, mas não debochar. O sorriso que a crônica suscita deve ser um sorriso de canto de boca. Alegre, mas não muito.

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