A obra descreve a trajetória de Anna Pettersson, proveniente de família sueca nobre, no entanto, falida, em decorrência do cenário econômico do país. A personagem principal, nascida no primeiro dia do século XX, continua mantendo um estilo de vida requintado e uma postura altaneira frente à população da cidade de Östersund, malgrado a situação de penúria no seu ambiente familiar. Tal condição lhe vale receber a alcunha de rainha. Anna vê sua vida se transformar em função de um casamento, inicialmente bem-sucedido, com Erik, herdeiro de uma das famílias mais ricas da Suécia. No correr dos anos, a relação conjugal vai se modificando, o que leva a rainha a buscar alternativas para impedir o naufrágio da vida em comum. Simultaneamente, influenciada pelas ideias revolucionárias de uma amiga, Anna passa a assumir a firme bandeira de defensora dos direitos da mulher, rompendo, assim, as tradicionais barreiras que caracterizavam a posição feminina no seio das nações escandinavas. Ao longo do texto são destacados os conflitos que emergem junto à família e, principalmente, com ela própria, o que conduz à adoção de drásticas medidas para o avanço nas ousadas metas estabelecidas.