A nulidade jamais fará o artista. Na arte deixamos fluir, como um rio, nossas emoções, e condescendemos que assumam, criativamente, a melhor forma estética e poética. Na presente obra, o autor demonstra consciência dessa concepção ao escrever visceralmente sobre sentimentos eternamente existentes na natureza humana, como o amor e o amor não correspondido; a angústia de não pertencimento em meio a marginalização social; a religiosidade; e outros temas como poemas infantis; sensualidade feminina; a morte; etc. Escrita numa linguagem poética, cuidadosamente elaborada, sem negligenciar o aprofundamento do pensamento, e sob uma configuração elegante, na qual as sílabas possuem sonoridade harmônica e as palavras se combinam concebendo poesias dotadas de ritmo e musicalidade.