O sistema de ensino da Academia Superior das Nações havia passado por mudanças drásticas. Cada sala tinha uma cor, atribuída conforme o perfil do estudante. Quando uma turma se destacava, tinha o direito de intervir em outra à sua escolha, impondo costumes. Há anos não havia qualquer tipo de intervenção, mas algo estava ocorrendo nos bastidores do sistema de ensino. O sistema de ensino havia passado por mudanças drásticas, deixando a Academia Superior das Nações responsável pelo modelo de educação padronizado em todas as unidades. Os alunos ingressavam utilizando camisas de cor branca e, após o período de adaptação, grupos já formados, poderiam convidá-los para participar de seu meio, assim, cada sala tinha sua própria cor, sendo que ela era atribuída conforme o perfil do estudante. A escola colocava o símbolo no uniforme de cada aluno. Quando uma turma se destacava perante as outras de todas as séries, poderiam intervir em outra à sua escolha, podendo inclusive, impor costumes, assim, quando estava sobre intervenção, a camisa usada era composta por duas cores, sendo a primeira da sua de origem e a segunda da que ofertava algum tipo de pressão sobre ela. Há anos que não havia qualquer tipo de intervenção, afinal, buscavam de forma sadia e salutar o desenvolvimento dos grupos, harmoniosamente, sem qualquer tipo de implantação de costumes. Muito embora, houve um dia que alguém percebeu naquele ato, a chance de implantar um costume que colocaria a escola nos moldes de sua preferência, e usou todas as turmas de ensino da cor cinza, que eram as crianças com maior apetite às regras, sendo o grupo dos militares. O diretor utilizou o bom senso desta turma para erguê-la e iniciar um rígido sistema de intervenção em todos os grupos, inicialmente, buscando eliminar os grupos mais humanos, posteriormente, os grupos de ciências e de outras áreas sociais, quando atingido um costume coletivo, transformaria todos num único grupo e, assim, poderia impor o seu sistema a todos sem que percebessem. Porém, algo estava ocorrendo nos bastidores do sistema de ensino. E assim, Lino, um motorista de van escolar, que passou a notar o comportamento diverso dos alunos que transportava, passou a querer entender melhor o que estava acontecendo.