Um menino adquire as primeiras palavras em contato com seus pais e se expressa por meio de sons indefinidos. É um bebê que irá, desde já, escrever sua própria história, por meio de suas experiências com a linguagem e seus sentidos. E ele é como a tinta preta que molha o papel: pretinho. Mas o mundo encantado da descoberta das palavras adquire outros sentidos conforme ele cresce e percebe que nem todos o aceitam como é. Sua história é rasurada por essa percepção e também pelo sentimento de não ser ouvido e compreendido. Tudo isso interfere na imagem que constrói de seu herói, e ele passa a duvidar de si. Mas algo surpreendente acontece com suas palavras e ele pode reescrever sua história e se tornar, finalmente, o protagonista de sua vida.