São textos de cunho poético sem ser poesia (mas talvez seja poesia não consigo saber, porque meu oráculo não responde às cartas que pergunto). Nesta obra, o autor entende que cada um possui em si seus próprios devaneios, sem distinções, sem filtros, o que faz deles tão próprios quanto pode ser. Nestes versos, o autor apresenta os seus. São, acho, registros epocais em seus contextos, de forma a dar ordem àquilo que é intrinsecamente caótico, o pensamento. São abstrações, de fato, tão efêmeras quanto qualquer ideia esquecida, exceto que aqui estão depositadas, privando-as de sua natureza fugaz. É, portanto, um autorretrato irrepreensivelmente íntegro.